Cinco mortos no terceiro dia de violência em Rondônia

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By LatAm Reports Redatores da Equipe

Na noite de quarta-feira, 15, cinco pessoas foram mortas em Porto Velho, capital de Rondônia, no terceiro dia de confrontos entre a Polícia Militar (PM) e uma facção criminosa. Duas vítimas eram suspeitas e morreram em confronto com os policiais, enquanto as outras três foram executadas a tiros por criminosos.

Desde o início da semana, os embates entre a PM e o grupo criminoso resultaram em prisões, mortes e grandes prejuízos materiais, incluindo a queima de mais de 20 ônibus, além de outros veículos.

Execuções e confronto

Na zona leste de Porto Velho, criminosos passaram de carro em frente a um bar e abriram fogo contra os clientes. Duas pessoas foram atingidas: uma morreu no local e a outra, que foi levada ao Hospital João Paulo II, não resistiu aos ferimentos.

A terceira vítima foi um ciclista, baleado por criminosos na mesma região. A polícia investiga se essas execuções têm ligação entre si.

Na mesma noite, dois suspeitos de integrar o grupo criminoso foram mortos em um confronto com agentes da PM na zona rural de Porto Velho, no Ramal Rio das Garças.

Em resposta ao aumento da violência, a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp) enviou um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) para apoiar as operações policiais em Porto Velho. Além disso, o Ministério da Justiça e Segurança Pública enviou cerca de 60 agentes da Força Nacional, que já estão atuando na cidade, e outros devem chegar nos próximos dias.

Origem dos ataques em Rondônia

Nos últimos meses, a Polícia Militar intensificou as operações contra o crime organizado no conjunto habitacional Orgulho do Madeira, uma área dominada por uma facção criminosa. Em uma dessas operações, realizada no dia 8 de janeiro, a PM matou um dos chefes da facção, mas o nome do suspeito e a dinâmica do ocorrido não foram divulgados.

Em 12 de janeiro, o cabo da Polícia Militar Fábio Martins foi assassinado com seis tiros na cabeça no mesmo conjunto habitacional, onde residia. O homicídio foi considerado uma retaliação da facção às ações policiais contra a organização criminosa.

Em resposta, a polícia iniciou a Operação Aliança Pela Vida, Moradia Segura II, com o objetivo de combater a facção e ocupar o conjunto habitacional. A operação gerou novos ataques a ônibus, resultando na destruição de mais de 20 veículos.