Maioria dos brasileiros rejeita candidaturas de Lula e Bolsonaro em 2026, aponta Quaest

Uma nova pesquisa divulgada pelo instituto Quaest nesta quinta-feira (5) revela que a maioria dos brasileiros prefere que Lula e Bolsonaro fiquem fora da disputa presidencial de 2026. Segundo o levantamento, 66% dos entrevistados são contra uma eventual reeleição de Lula, enquanto 65% afirmam que Jair Bolsonaro também deveria abrir mão da candidatura, mesmo que sua inelegibilidade termine após 2030.

Apesar disso, 32% ainda apoiam que Lula tente um novo mandato. Já Bolsonaro, que está impedido de concorrer por decisão da Justiça Eleitoral, mantém o apoio de 26% da população para disputar novamente o cargo.

O levantamento, feito a pedido da Genial Investimentos, entrevistou 2.004 brasileiros entre os dias 29 de maio e 1º de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

Polarização segue forte entre Lula e Bolsonaro, mas há espaço para novas lideranças

Entre os eleitores que se consideram mais alinhados à direita, mas que não se dizem bolsonaristas, 55% acreditam que Bolsonaro deveria se retirar da corrida presidencial. Ainda assim, 43% preferem que o ex-presidente mantenha sua candidatura. Dentro do grupo que se identifica como bolsonarista, a maioria (58%) quer vê-lo novamente nas urnas, mesmo com a condenação na Justiça Eleitoral.

Do outro lado, 37% dos eleitores de esquerda que não se dizem petistas acham que Lula também deveria dar espaço a novas lideranças. Mesmo entre os apoiadores do PT, há quem defenda renovação: 15% dos chamados “lulistas” são contra a reeleição do atual presidente.

A pesquisa também testou possíveis nomes da direita caso Bolsonaro não possa concorrer. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) lideram o cenário, empatados tecnicamente com 17% e 16% das intenções, respectivamente.

Na sequência, aparecem Ratinho Júnior (PSD), com 11%, e Pablo Marçal (PRTB), com 7%, apesar de também estar inelegível no momento. Outros nomes citados incluem Ronaldo Caiado (União), Eduardo Bolsonaro (PL), Eduardo Leite (PSDB) e Romeu Zema (Novo), todos com índices entre 3% e 5%.

Mesmo com tantas alternativas, 16% dos entrevistados afirmaram não se identificarem com nenhum desses nomes, e 15% disseram ainda não saber em quem votar.

A corrida para 2026 já começou, e o recado do eleitor parece claro: há um desejo crescente por novos rostos na disputa presidencial.