O Palmeiras garantiu sua vaga na final do Campeonato Paulista 2025 ao vencer o São Paulo por 1 a 0 na noite desta segunda-feira, 10, no Allianz Parque. O único gol da partida foi marcado por Raphael Veiga, em cobrança de pênalti, ainda no primeiro tempo. O lance que originou a penalidade gerou grande polêmica e muitas reclamações por parte dos jogadores do São Paulo.
Nos minutos finais da primeira etapa, após um erro na saída de bola do time tricolor, Vitor Roque foi ao chão em disputa com Arboleda dentro da área. O árbitro Flavio Rodrigues Souza assinalou a falta sem revisar o lance no VAR, o que irritou os jogadores do São Paulo, que alegaram que o atacante palmeirense teria buscado o contato. Veiga cobrou com precisão e garantiu a vitória alviverde.
A partida foi equilibrada, com oportunidades para ambos os lados. No segundo tempo, o Palmeiras administrou a vantagem e soube conter as investidas do São Paulo para segurar o placar até o apito final. Com a classificação garantida, o time de Abel Ferreira agora enfrentará o Corinthians na final, que será disputada em dois jogos – o primeiro no Allianz Parque, no dia 16, e o segundo na Neo Química Arena, no dia 27. As datas ainda aguardam confirmação da Federação Paulista de Futebol (FPF).
Palmeiras combate ao racismo marca semifinal
Além da disputa em campo, a noite foi marcada por ações contra o racismo promovidas pelo Palmeiras. O clube levou a campo um bandeirão com o tema #SomosSociedade, reforçando sua campanha contra a discriminação. As mascotes da equipe também participaram do ato, junto aos jogadores, que exibiram uma faixa com a frase
“Todos contra o racismo”. O rapper Rincon Sapiência foi convidado para liderar um minuto de barulho contra o racismo após o aquecimento dos atletas.
O São Paulo também se manifestou e entrou em campo com um uniforme especial, onde a frase “Racismo = menos 3 pontos” estava estampada na manga da camisa, defendendo que atos de discriminação resultem em punições esportivas.
A mobilização ocorre após um caso recente envolvendo o atacante Luighi, do time sub-20 do Palmeiras, que foi vítima de injúria racial em uma partida da Libertadores da categoria contra o Cerro Porteño, no Paraguai. O episódio gerou protestos entre clubes brasileiros e críticas à Conmebol, que puniu o time paraguaio com uma multa de US$ 50 mil (R$ 289 mil).
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, se posicionou firmemente sobre o caso e sugeriu que os clubes brasileiros considerem se filiar à Concacaf, em vez de permanecerem na Conmebol. Segundo ela, essa mudança poderia garantir um tratamento mais justo às equipes nacionais. Além disso, representantes de clubes brasileiros enviaram uma carta à Fifa solicitando uma intervenção mais severa nos casos de racismo no futebol sul-americano.
Agora, o Palmeiras se prepara para a final do Campeonato Paulista contra o Corinthians, em busca de mais um título estadual e de consolidar sua hegemonia no futebol paulista.