Vale-refeição do brasileiro dura em média 11 dias

Um levantamento realizado pela Pluxee, empresa de benefícios e engajamento para colaboradores, mostrou que a duração do vale-refeição no primeiro trimestre de 2024 se manteve estável em relação ao mesmo período do ano anterior. O benefício que garante por lei a alimentação do trabalhador está durando em média 11 dias, o mesmo tempo registrado em 2023. Além disso, o estudo apontou que o gasto médio dos brasileiros que utilizam o benefício foi de R$ 51,19 por transação no primeiro trimestre deste ano.

No período analisado, o horário do almoço foi o mais utilizado para o uso do vale-refeição, correspondendo a 40% do total. Em seguida, aparece o horário do jantar, com 31%. O meio da tarde registrou 16% e o início da manhã, 13%, representando, respectivamente, os horários de lanche e do café da manhã. A pesquisa também indicou que a maioria dos usuários de vale-refeição possui um horário de almoço pré-definido, fator decisivo para consumirem em estabelecimentos que conhecem ou preferem, como forma de economizar tempo e dinheiro.

Uso de vale-refeição cresceu

O estudo ainda indicou que 39% do crédito é utilizado na primeira semana do mês, sendo que o sábado é o dia com maior uso do benefício, registrando 22% do total de transações. O gasto médio por compra, tendo o benefício como forma de pagamento, foi de R$ 94,70 nos três primeiros meses deste ano.

Quanto à distribuição do consumo com vale-alimentação no primeiro trimestre de 2024, o levantamento registrou que 43,76% foi em supermercados, 20,46% em atacados, 12,18% em minimercados, 7,61% em padarias e 5,04% em açougues/peixarias. Além disso, 67% dos usuários efetuaram compras em até três estabelecimentos diferentes, 22% visitaram entre quatro e seis estabelecimentos, 8% usaram o benefício em até 10 locais distintos, 2% em até 15 e apenas 1% dos usuários compraram itens de alimentação em mais de 16 estabelecimentos.

O diretor executivo de estabelecimentos da Pluxee avalia que os dados refletem a retomada do crescimento do setor supermercadista, que evoluiu 2% no primeiro trimestre de 2024 no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). Isso é um indicador positivo para a economia do país, especialmente considerando o aumento nas vendas de produtos alimentícios e bebidas, e impacta positivamente também nos indicadores de geração de empregos formais.

Perfil do trabalhador formal no Brasil

Uma pesquisa recente traçou o perfil dos trabalhadores formais no Brasil e constatou que a maioria (90%) recebe algum tipo de benefício, seja ele direto ou indireto. Entre os benefícios mais comuns estão o vale-alimentação (56%), vale-transporte (50%) e vale-refeição (43%).

O valor médio dos benefícios voltados para alimentação e refeição no Brasil é de R$ 480,48. No entanto, esse valor varia regionalmente, sendo mais alto na região Centro-Oeste (R$ 546,35) e mais baixo no Nordeste (R$ 397,06).

A pesquisa também revelou que a maioria das empresas que oferecem benefícios atua no setor de serviços (62%), seguido por indústrias (15%), comércios (10%), setor de construção (6%), transporte e agronegócios (4%) e outros setores (2%).

As pequenas e médias empresas (PMEs) são as que menos oferecem benefícios e incentivos aos colaboradores, com uma média de três benefícios. Em seguida, aparecem as companhias medianas, com cerca de cinco benefícios, e as grandes corporações, que fornecem seis benefícios.

O vale-alimentação é o benefício mais desejado pelos trabalhadores (46%), seguido por seguro saúde (46%) e vale-refeição (31%). Aqueles que recebem vales alimentação e refeição demonstraram mais disposição para recomendar a empresa em que trabalham para quem busca emprego.

Para a maioria dos participantes da pesquisa (57%), os benefícios representam um complemento do salário e 54% consideram uma forma de valorização profissional. Já 51% entendem que os benefícios trazem qualidade de vida e incentivam a continuar trabalhando na empresa.