O Panamá precisa trabalhar na atração de talentos estrangeiros em áreas deficitárias, de acordo com o Dr. Eduardo Ortega-Barría, secretário da Secretaria Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Senacyt).
O Panamá ocupa a posição 87 no ranking dos países que melhor atraem e desenvolvem talentos, de acordo com o Índice Global de Talentos de 2023, que analisa 134 países.
Ortega-Barría enfatiza que os países capazes de atrair, desenvolver e reter talentos – pessoas qualificadas – podem aumentar sua vantagem competitiva na economia mundial.
Segundo o especialista, em vez de ver isso como um perigo, deve ser uma oportunidade para atrair e reter os melhores talentos estrangeiros em áreas deficitárias, como inteligência artificial, semicondutores, nanotecnologia, mineração, robótica e aprendizado de máquina.
“Se nacionalizarmos as carreiras, nos condenamos ao ostracismo”, enfatizou o profissional de saúde.
Em relação à questão da mineração, o secretário da Senacyt lembrou que o fechamento da Copper Panama é um processo complexo que levará vários anos para ser concluído e exigirá especialistas estrangeiros.
“Vamos ter que fechar a mina e precisamos de especialistas (locais e externos); temos que monitorar a mina e seus locais de influência por vários anos; pessoas e sua saúde, solo, água, ar, biodiversidade”, disse ele.
O Índice Global de Talentos classifica os países em “campeões”, “impulsionadores”, “manquejadores” e “rezadores”.
O Panamá ficou em 101º lugar em habilidades técnicas e vocacionais, enquanto em conhecimento geral foi colocado no degrau 93.
No que diz respeito ao ranking, pelo décimo ano consecutivo, a Suíça é o melhor país do mundo para atrair e cultivar talentos, seguida de perto por Cingapura e Estados Unidos.