Milei tem “mau gosto”, mas Brasil e Argentina mantêm relações inabaláveis, diz Alckmin

O presidente brasileiro em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), minimizou as recentes interações de Javier Milei no Brasil, afirmando que o líder argentino possui “mau gosto”, mas que isso não afeta as sólidas relações comerciais entre Brasília e Buenos Aires.

Durante sua primeira visita ao Brasil no final de semana, Milei optou por participar da CPAC Brasil em Balneário Camboriú, Santa Catarina, onde encontrou-se com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em vez de seguir o protocolo diplomático tradicional.

“O mau gosto de Milei é um assunto dele”, disse Alckmin a jornalistas no evento do Sebrae, o Transformar Juntos 2024, onde atua como presidente em exercício até a volta de Lula de sua viagem à Bolívia e ao Paraguai ainda nesta terça-feira.

A presença de Milei na CPAC Brasil, que reforçou a aliança do bolsonarismo com movimentos da direita global, não escapou da atenção da diplomacia brasileira, apesar de o líder argentino ter evitado críticas diretas a Lula durante seu discurso, focando mais nos perigos do socialismo.

Antes de assumir a presidência argentina, Milei havia criticado Lula como corrupto e comunista, indicando uma tensão prévia entre os dois líderes políticos. Essa troca de farpas chegou a um ponto em que Lula pediu desculpas públicas, uma solicitação à qual Milei se recusou.

Embora as ações de Milei tenham causado desconforto no governo brasileiro por não seguir o protocolo diplomático formal, Alckmin enfatizou a importância de fortalecer as relações de Estado entre Brasil e Argentina, independentemente de incidentes isolados.

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