O senador Marco Rubio, conhecido por sua postura dura em relação à América Latina, será o primeiro latino a assumir o cargo de Secretário de Estado no governo de Donald Trump. Filho de imigrantes cubanos, Rubio leva consigo vasta experiência em política externa, acumulada durante seu tempo nas comissões de Relações Exteriores e Inteligência do Senado.
Rubio já deixou claro, em várias declarações ao longo de sua carreira, que pretende priorizar relações estratégicas com líderes conservadores da região, como Javier Milei, presidente da Argentina, enquanto endurece a postura frente a governos de esquerda, incluindo México, Brasil e Colômbia. Ele também promete reforçar sanções contra os regimes de Cuba e Venezuela, que classifica como ditaduras narco-socialistas.
Em um artigo publicado no National Interest, Rubio defendeu uma nova abordagem para a América Latina, baseada no apoio a líderes pró-mercado e favoráveis aos EUA. Ele destacou países como Argentina, El Salvador e Equador como aliados-chave, sugerindo que os EUA retribuam essa colaboração por meio de parcerias econômicas mais fortes.
Apoio a líderes conservadores
Rubio descreveu Javier Milei como “um sopro de ar fresco” e elogiou sua postura de manter a Argentina fora do bloco BRICS. Ele também incentivou o uso da influência americana no FMI para auxiliar Milei na reestruturação da dívida argentina. Sobre El Salvador, destacou as reformas promovidas por Nayib Bukele e criticou o que considera negligência do governo Biden em apoiar aliados democráticos como Bukele.
Relações tensas com governos de esquerda
Rubio é crítico ferrenho de líderes como Luiz Inácio Lula da Silva, Gustavo Petro e Andrés Manuel López Obrador. Ele acusa Lula de ser complacente com regimes autoritários e Petro de adotar políticas que fortalecem cartéis e grupos armados. Em relação ao México, Rubio defendeu ações mais firmes contra o narcotráfico e até mencionou a possibilidade de intervenções militares coordenadas.
Cuba e Venezuela: Pilares de sua política
Sobre Cuba, Rubio condena qualquer tentativa de reaproximação diplomática, alegando que tais iniciativas fortalecem o regime e prejudicam dissidentes. Quanto à Venezuela, o senador reiterou a necessidade de aumentar sanções e declarou que o regime de Maduro representa uma ameaça regional e à segurança dos EUA.
Com uma agenda focada na América Latina, Marco Rubio busca moldar a política externa americana alinhada a seus princípios conservadores, promovendo aliados estratégicos enquanto confronta governos que considera adversários dos interesses dos EUA.