Juiz justifica nota zero para australiana no breaking dos jogos de Paris

Após ser alvo de piadas nas redes sociais devido a uma nota zero em sua estreia na modalidade breaking nos Jogos Olímpicos de Paris, a australiana Rachael Gunn, conhecida como “Raygun”, recebeu uma explicação do chefe dos juízes, Martin Gilian. Em entrevista ao jornal MetroUK, Gilian ofereceu uma visão detalhada sobre a avaliação.

“Pessoalmente, sinto muito”, iniciou Gilian. Ele destacou que a comunidade do breaking e do hip-hop apoiou Gunn, que estava tentando trazer algo novo e representativo de seu país.

“Havia cinco critérios de avaliação para definir a nota de cada praticante”, explicou. Segundo ele, o desempenho de Gunn não alcançou o nível dos outros competidores. “É um sistema comparativo. Os rivais dela foram melhores, mas isso não quer dizer que ela foi péssima”, acrescentou.

Gunn se qualificou para os Jogos ao vencer a eliminatória da Oceania. Apesar disso, outros atletas se destacaram mais, o que levou à sua eliminação precoce. Gilian enfatizou que a nota baixa não reflete a habilidade geral de Gunn, mas a comparação com os demais concorrentes.

A participação de Gunn gerou muitos memes online, mas sua carreira é notável. Ela é pesquisadora em política cultural do breaking e possui doutorado em estudos culturais. Atualmente, leciona na Universidade Macquarie, abordando temas como mídia, indústrias criativas, música e dança.

Além disso, Gunn foi reconhecida como a melhor dançarina de breaking da Austrália em 2020 e 2021, e representou o país no Campeonato Mundial de Breaking de 2021 a 2023. Ela também venceu o Campeonato de Breaking da Oceania no ano passado.