O Ministério de Minas e Energia deve anunciar nesta quarta-feira, 16, se o horário de verão será adotado em 2024, conforme novos estudos apresentados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A medida pode gerar uma economia de até R$ 400 milhões no próximo ano, segundo dados preliminares.
Em setembro, o ONS já havia sugerido a necessidade de retomada do horário de verão do ponto de vista energético, ressaltando que a mudança no horário pode ajudar a reduzir o uso de termelétricas, que são mais caras e poluentes. A proposta visa melhorar o aproveitamento das fontes de energia solar e eólica, além de diminuir a demanda máxima em até 2,9%.
Adoção do horário está condicionada à imprescindibilidade, diz ministro
Apesar dos possíveis benefícios econômicos, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou recentemente que o horário de verão só será implementado em 2024 se for considerado “imprescindível”. O ministro explicou que a decisão será tomada com base em análises detalhadas e diálogo, e que o governo pode aguardar o período chuvoso antes de tomar uma decisão final.
Suspenso em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro, o horário de verão volta ao debate não apenas pela economia de energia, mas como uma alternativa para maximizar o uso de fontes renováveis, como a energia solar, eólica e hídrica. O ajuste no horário ajudaria a alinhar o consumo de energia com os períodos de maior geração dessas fontes, aliviando a necessidade de acionar usinas térmicas.
A decisão final do governo será acompanhada de perto, uma vez que os impactos financeiros e ambientais da medida podem influenciar significativamente o setor energético brasileiro nos próximos anos.