O desemprego no Brasil recuou para 6,4% no trimestre finalizado em setembro, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE, divulgados nesta quinta-feira, 31. Este é o segundo menor índice da série histórica, iniciada em 2012, ficando atrás apenas da taxa de 6,3% registrada no último trimestre de 2013.
Em números absolutos, o contingente de pessoas desempregadas reduziu-se para 7 milhões, o menor registrado desde janeiro de 2015, marcando uma queda de 7,2% em relação ao trimestre anterior e de 15,8% no comparativo com 2023. Ao todo, o número de brasileiros ocupados atingiu 103 milhões, um recorde histórico. Com isso, a taxa de ocupação no país alcança 58,4%, o maior percentual registrado para um terceiro trimestre.
Fatores contra o desemprego e expansão do mercado de trabalho
A coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, destaca que o crescimento contínuo do número de ocupados se deve ao aumento do consumo e ao desenvolvimento de várias atividades econômicas, como o setor de serviços, comércio e indústria. “A recuperação econômica, especialmente após a pandemia, impulsionou o emprego em atividades diversificadas”, afirma Beringuy.
Os dados revelam que, além do aumento da ocupação, houve estabilidade no rendimento médio, que permaneceu em torno de R$ 3.227 por mês, e uma taxa de informalidade de 38,8%, totalizando 40 milhões de trabalhadores.
Resumo da pesquisa
- Taxa de desocupação: 6,4%
- População desocupada: 7 milhões
- População ocupada: 103 milhões
- Empregados com carteira assinada: 39 milhões
- Empregados sem carteira assinada: 14,3 milhões
- Taxa de informalidade: 38,8%
Recorde no trabalho com e sem carteira assinada
O setor privado apresentou recorde tanto no número de empregados com carteira assinada, que chegou a 39 milhões (um aumento de 4,3% em relação ao ano anterior), quanto no número de empregados sem carteira, que somaram 14,3 milhões. A informalidade, embora tenha apresentado leve redução em comparação com 2023, ainda representa uma significativa parcela dos trabalhadores.
Esses dados apontam para uma tendência de crescimento e estabilidade no mercado de trabalho brasileiro, com destaque para o aumento no número de ocupados e uma recuperação gradual no rendimento dos trabalhadores. A continuidade do crescimento econômico e o fortalecimento de políticas públicas serão fundamentais para consolidar esses avanços no cenário trabalhista nacional.