O empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, de 38 anos, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi assassinado a tiros na última sexta-feira, 8, no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Gritzbach transportava joias avaliadas em mais de R$ 1 milhão, incluindo peças de luxo como anéis, colares e pulseiras de marcas como Bulgari, Vivara e Cartier.
Além das joias, a polícia apreendeu um relógio Rolex, R$ 620 em dinheiro, um celular e um notebook, todos agora sob custódia do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
De acordo com investigações preliminares, Gritzbach havia viajado a Maceió para cobrar uma dívida e recebeu as joias como pagamento. Sua namorada, que o acompanhava, entregou os itens à polícia e relatou que o empresário vinha recebendo ameaças de morte. Colaborador do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Gritzbach havia denunciado esquemas de corrupção envolvendo policiais e fornecido informações sobre operações financeiras do PCC.
Delator era alvo certo de PCC
Em um áudio gravado pelo empresário, dois homens discutem um suposto pagamento de R$ 3 milhões para sua execução, prova que foi repassada ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
No momento da execução, Gritzbach desembarcava no Terminal 2 do aeroporto, onde foi alvejado por dez disparos feitos por dois indivíduos que saíram de um veículo preto. Embora o empresário estivesse sob escolta da Polícia Militar, nenhum agente estava presente no local do crime devido a uma suposta falha técnica nos veículos.
A polícia investiga a possibilidade de sabotagem na escolta, e essa hipótese é uma das linhas de investigação do DHPP. O veículo usado pelos suspeitos foi abandonado após o crime, contendo um fuzil e uma pistola, que aguardam perícia para confirmar se foram as armas usadas no assassinato.