Na última terça-feira, 1, criminosos fizeram um assalto em um condomínio de luxo no bairro do Embaré, em Santos, litoral de São Paulo, resultou em momentos de terror para moradores e funcionários. Durante a ação criminosa, que envolveu cinco homens, os assaltantes citaram o goleiro João Paulo, do Santos FC, como possível alvo. No momento do crime, o jogador estava no centro de treinamento do clube.
O plano dos criminosos foi facilitado pelo porteiro do prédio, que também foi preso. Ele teria colaborado com o grupo, justificando que sua família havia sido ameaçada de morte. Com essa ajuda, os criminosos conseguiram acessar o condomínio, onde fizeram reféns e roubaram objetos pessoais.
Invasão planejada e momento de terror
De acordo com o depoimento de uma das vítimas, a empregada doméstica do apartamento invadido, a abordagem aconteceu no elevador de serviço. Um dos criminosos entrou com ela, mostrou uma arma e a forçou a entregar as chaves do apartamento. Ao chegarem ao andar, o criminoso rendeu a empregadora, que abriu a porta no exato momento em que o bandido se aproximava. Ambas foram levadas para um cômodo, onde ficaram trancadas.
O proprietário do imóvel também foi feito refém ao retornar para casa. O homem relatou que passou pela portaria sem perceber qualquer movimentação estranha. Ao entrar no apartamento, foi surpreendido por um dos criminosos armados, que o levou ao mesmo cômodo onde estavam sua esposa e a funcionária.
Segundo o boletim de ocorrência, os criminosos estavam nervosos, expressando medo de serem mortos pela polícia. Para acalmar a situação, o proprietário ofereceu-se para descer com os assaltantes como garantia de segurança. Foi nesse momento que ele ouviu os criminosos citarem o goleiro João Paulo, sugerindo que o jogador era o principal alvo da quadrilha.
Ação rápida da polícia
A Polícia Militar foi acionada durante o crime e cercou o edifício. Um dos criminosos foi baleado e preso após ser encaminhado à Santa Casa de Santos. Outros dois suspeitos se renderam e liberaram os reféns, enquanto um quarto integrante do grupo foi encontrado escondido no prédio horas depois.
Todos os envolvidos foram presos, incluindo o porteiro, que alegou ter sido coagido pelos criminosos. Ele confessou ter passado informações sobre a rotina do prédio e facilitado a entrada da quadrilha. Segundo a delegada responsável pelo caso, Liliane Doretto, o porteiro será julgado como coautor do crime.
“Ele alegou que foi ameaçado e que por isso facilitou o acesso ao prédio. No entanto, será julgado pelo roubo qualificado, assim como os demais envolvidos”, afirmou Doretto.
O caso segue em investigação, mas todos os envolvidos já estão detidos e responderão pelos crimes cometidos.