Barroso questiona origem do ódio após explosões em Brasília e critica anistia a golpistas

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By LatAm Reports Redatores da Equipe

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, manifestou indignação nesta quinta-feira, 14, após explosões registradas na Praça dos Três Poderes, em Brasília, que resultaram na morte de Francisco Wanderley Luiz, responsável pelas detonações. Em seu discurso, Barroso criticou a ideia de anistiar quem atenta contra a democracia, alertando que “querer perdoar sem sequer condenar é um desserviço à justiça”. O ministro destacou a importância de refletir sobre a escalada de ódio e violência que permeia a sociedade brasileira e reforçou a necessidade de responsabilizar os envolvidos em atos antidemocráticos.

Explosões e discurso de ódio

Na quarta-feira, 13, Francisco Wanderley, de 59 anos, acionou explosivos próximo ao Supremo Tribunal Federal e perdeu a vida durante o ataque. O caso ocorre em um contexto de discursos de violência que, segundo Barroso, têm sido alimentados por setores extremistas. Ele ressaltou que eventos como o atentado recente e os ataques de 8 de janeiro deste ano refletem o impacto de mensagens de intolerância e desinformação disseminadas amplamente nas redes sociais.

Barroso frisou que tais discursos incentivam o enfraquecimento das instituições democráticas e reafirmou a importância de responsabilizar os culpados para evitar novos episódios de violência. “Alguns querem naturalizar o absurdo e conceder perdão sem condenação, o que incentiva comportamentos similares no futuro”, afirmou o ministro.

Outras autoridades reforçam compromisso com a democracia

Além de Barroso, outros ministros do STF e autoridades manifestaram repúdio ao episódio. Alexandre de Moraes destacou que a pacificação do país só será possível com a devida punição dos responsáveis, enquanto Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reafirmou o compromisso do Judiciário em garantir a continuidade da democracia.

O decano Gilmar Mendes também criticou o discurso de ódio e desinformação, enquanto o ministro da Justiça, Flávio Dino, pontuou que o ataque é um ato contra a legalidade, e não apenas contra o edifício do STF. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, reforçou a importância de rejeitar atos de violência e enalteceu a atuação das forças de segurança no controle da situação.

A reação unânime do STF e de lideranças políticas ressalta o papel das instituições democráticas e a defesa da justiça como pilares essenciais para a estabilidade e continuidade da democracia no Brasil.