Na abertura da cúpula do G20, realizada no Rio de Janeiro, 81 países, nove instituições financeiras globais e 31 ONGs anunciaram, nesta segunda-feira, 18, a criação da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. A iniciativa tem como objetivo erradicar esses problemas até 2030, por meio de políticas regionais adaptadas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que políticas públicas bem estruturadas, como transferências de renda e alimentação escolar, são eficazes para combater a fome e devolver dignidade às pessoas. O Brasil e Bangladesh foram os primeiros países a aderir à aliança, que também inclui Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, entre outros.
Estrutura e próximas etapas do G20
O governo brasileiro liderou a formação da estrutura da aliança, que contou com a colaboração de ministérios e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Brasília será responsável por coordenar as primeiras operações, incluindo comunicação e aprovação de novos membros. A aliança começará a operar oficialmente em 2025, mas ainda não foram divulgados os locais de aplicação inicial dos programas.
Entre as ONGs participantes estão a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), o FIDA (Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola), a OIT (Organização Internacional do Trabalho), o Unicef e o Programa Mundial de Alimentos (WFP).
Conselho de Campeões
Na mesma ocasião, foram anunciados os 18 primeiros membros do Conselho de Campeões, uma instância formada por representantes de países e organizações. O conselho terá até 50 membros no futuro e seu papel será remover barreiras e facilitar parcerias para a implementação de políticas.
Entre os nomes confirmados estão Wellington Dias, ministro brasileiro de Desenvolvimento e Assistência Social, e representantes de Bangladesh, China, União Europeia, Alemanha, Noruega, Portugal, Reino Unido, e ONGs internacionais, como a FAO e o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
A Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza é vista como um marco para a cooperação internacional no enfrentamento dos desafios globais, prometendo unir esforços de governos, instituições financeiras e organizações não governamentais em prol de um futuro mais sustentável e igualitário.