A cidade de Peruíbe, no litoral de São Paulo, foi severamente atingida por um temporal entre os dias 8 e 9 de janeiro, resultando em alagamentos, deslizamentos de terra e 250 pessoas desabrigadas. Em apenas 24 horas, foram registrados 244 mm de chuva, superando a média esperada para o mês, que é de 230 mm.
A chuva intensa causou alagamentos em diversos bairros, como Caraguava, Ribamar, Jardim das Flores e Nova Itariri, além de erosão em vias como a Rua Tenente José Ignácio Monte Oliva. No bairro Residencial Park D’Avielle, a enxurrada isolou áreas devido à deterioração da infraestrutura. No total, 135 pessoas precisaram ser resgatadas de suas moradias.
No bairro Caraguava, o Corpo de Bombeiros resgatou 17 moradores isolados. O volume de chuva também causou o transbordamento do Rio Preto e seus afluentes, aumentando os danos na cidade. Apesar dos estragos, não houve registro de feridos graves.
Resposta e ajuda humanitária
A Defesa Civil, em conjunto com o Fundo Social, mobilizou uma operação de apoio às famílias afetadas, utilizando abrigos temporários nas escolas municipais Delcélia Joselita Machado Bezerra e Maria Amélia Ribas Campilongo. Foram distribuídos materiais de ajuda humanitária, como:
- 50 cestas básicas;
- 50 kits de limpeza;
- 50 kits de higiene pessoal;
- 50 kits dormitório.
Nesta quinta-feira, a previsão é de envio de mais 100 unidades de cada item. O governo estadual também enviou caminhões com suprimentos para reforçar a assistência às vítimas.
Tecnologia de alerta e previsão
A Defesa Civil estadual utilizou a tecnologia Cell Broadcast para enviar alertas sonoros diretamente aos celulares da população, informando sobre o risco de alagamentos e deslizamentos. O sistema foi ativado rapidamente para mitigar os danos e orientar medidas preventivas.
O litoral paulista segue em estado de atenção, com previsão de chuvas moderadas. Entre 5h30 e 6h30 desta quinta-feira, foram registrados 33 mm adicionais de chuva em Peruíbe.
A Defesa Civil mantém equipes mobilizadas para monitorar as condições climáticas e atender emergências. Moradores das áreas mais afetadas permanecem sob vigilância, enquanto esforços continuam para restabelecer a normalidade na região. O governo reforça o pedido para que a população evite áreas de risco e siga as orientações de segurança.