Um grupo de surfistas viveu momentos de tensão na manhã de domingo, 18, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Durante uma aula, alunos de uma escola de surfe avistaram a barbatana de um tubarão próximo ao Posto 5 e deixaram o mar imediatamente, seguindo orientação dos professores. A cena foi registrada em vídeo e gerou alerta entre banhistas.
Avistamento de tubarão interrompe aula de surfe na Barra da Tijuca e chama atenção para cuidados no mar
O mar da Barra da Tijuca foi palco de um encontro inusitado neste fim de semana. Durante uma aula de surfe, alunos precisaram sair da água após avistarem a barbatana de um tubarão. O animal, estimado em cerca de 2,5 metros, foi visto circulando próximo à área conhecida como “outside”, onde as ondas se formam mais distantes da faixa de areia.
O professor Juan Duarte, que registrou a cena, contou que o movimento repentino dos alunos chamou sua atenção.
“Assim que ouvi ‘Tubarão!’ levantei da cadeira e comecei a filmar. Não é comum ver tubarão por aqui, mas a imagem era clara”, relatou.
Pablo, pai de Juan e também instrutor da escola, destacou a importância da precaução. “Ele estava só nadando, não atacou ninguém, mas a segurança dos alunos vem em primeiro lugar. A orientação foi sair da água”, explicou.
Segundo o biólogo marinho Marcelo Szpilman, tudo indica que o visitante era um tubarão-martelo, espécie relativamente comum no litoral brasileiro. “Eles se aproximam da costa em busca de alimento, especialmente cardumes, e não representam ameaça direta às pessoas. Ataques são extremamente raros”, ressaltou.
De acordo com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), não há motivo para alarde. Nos últimos dois séculos, apenas oito incidentes com tubarões foram registrados em todo o litoral do Rio de Janeiro. Mesmo assim, a presença de um animal desse porte próximo à faixa de areia aciona os protocolos de segurança.
O Corpo de Bombeiros reforça que, ao notar qualquer animal marinho, o ideal é sair da água com calma e evitar nadar sozinho, com roupas chamativas ou em horários de maior atividade predatória, como o amanhecer e o entardecer.
A recomendação também vale para quem presencia o avistamento: não tente interagir, tocar ou espantar o animal. Além do risco, muitas espécies estão ameaçadas de extinção e são protegidas por lei.