A dúvida é comum e o marketing nem sempre ajuda. Afinal, qual whey protein vale mais a pena? De acordo com nutricionistas ouvidos pelo portal g1, as diferenças entre as versões são menores do que parecem. Em geral, o concentrado atende a maioria das pessoas que precisam complementar proteína na dieta. Já o isolado faz sentido, sobretudo, quando há intolerância à lactose. Por fim, o hidrolisado entra em cena em casos de alergia à proteína do leite.
Além disso, o tempo de absorção é muito parecido entre os três. O hidrolisado pode chegar de 5 a 15 minutos antes, mas essa vantagem é considerada irrelevante na prática.
Portanto, mais importante do que o rótulo é adequar a escolha ao seu objetivo, ao seu orçamento e à sua tolerância digestiva. Em outras palavras, não é o mais caro que necessariamente entrega melhores resultados.
Quando cada tipo faz sentido e como decidir
O whey concentrado reúne alto teor de proteína com um pouco mais de lactose. Ainda assim, ele costuma ser suficiente para quem não tem restrições. Como custa menos, acaba sendo a escolha mais racional para a maioria. Além do preço, pesa a versatilidade: dissolve bem, tem opções com menos aditivos e se encaixa na rotina sem esforço.
O isolado oferece concentração maior de proteína e lactose bem baixa. Por isso, ele ajuda quem sente desconforto mesmo usando boas marcas de concentrado. No entanto, o ganho funcional costuma ser discreto quando a ingestão diária de proteína já está adequada.
Assim, o custo extra precisa ser ponderado. Segundo o professor Bruno Gualano (USP), não há evidência robusta de que um tipo gere mais força ou músculo do que outro em condições equivalentes.
O hidrolisado passa por uma quebra parcial das proteínas. Desse modo, a chance de reação alérgica cai de forma importante, embora o sabor possa piorar e o preço suba. Portanto, ele é uma ferramenta indicada para alergia confirmada à proteína do leite. Fora desse cenário, a hidrólise não traz benefício prático que compense o custo.
Independentemente do tipo, o whey se destaca por concentrar aminoácidos essenciais, com boa quantidade de leucina. Isso ajuda a sinalizar a síntese muscular, especialmente para quem treina e para quem busca preservar massa magra após os 50 anos.
Ainda assim, vale lembrar: é suplemento, não substituto de refeição. Em excesso, pode somar calorias e até favorecer ganho de peso. Antes de comprar, leia a tabela nutricional com calma, compare o preço por grama de proteína e desconfie de fórmulas com muitos aromas, açúcares e adições pouco úteis, como colágeno.