A iminente conclusão do acordo de indenização pelo desastre ambiental de Mariana está atraindo a atenção internacional, especialmente do escritório de advocacia inglês Pogust Goodhead. Emissários do Pogust Goodhead estão tentando minar o acordo que está prestes a ser fechado no Brasil entre o governo e as empresas Vale e BHP, alegando que ele seria “falho” e “não beneficia as vítimas”.
A estratégia dos advogados britânicos é clara: desacreditar o acordo no Brasil enfraquece a ação judicial que será julgada em Londres em outubro. Se o acordo for firmado no Brasil, a Pogust Goodhead não terá a mesma fatia do valor que poderia obter se a indenização fosse cobrada em território britânico.
Acordo próximo e pressões estrangeiras
A negociação do acordo no Brasil avança rapidamente, com expectativa de fechamento até o início de outubro. A proposta está sendo cuidadosamente elaborada para evitar contestações futuras e garantir que as vítimas recebam a compensação adequada.
Segundo informações da divulgadas no site Diário de Poder, “a motivação dos estrangeiros é simples: acordo fechado no Brasil enfraquece a ação em Londres, e cujo primeiro julgamento será em outubro. Se a indenização for cobrada lá, a PG leva uma beirada.”
O protal destaca como o escritório Pogust Goodhead tenta pressionar as autoridades brasileiras e criar obstáculos para o acordo, visando garantir uma maior fatia da indenização em um julgamento no Reino Unido.
Pressões e Lobby
Para impedir o desfecho positivo no Brasil, o fundo abutre Gramercy, que financia a ação do Pogust Goodhead, está pressionando as autoridades para tentar interferir nas negociações. Recentemente, Scott Seaman, representante do Gramercy, se encontrou com o ministro Alexandre Padilha e o deputado Rogério Correia (PT-MG) em Brasília, o que levanta suspeitas sobre possíveis tentativas de lobby para influenciar o resultado.
Desafios e expectativas
Enquanto o acordo no Brasil avança, a tentativa de desacreditar a compensação é uma manobra clara para garantir que o julgamento em Londres se torne a principal arena para a disputa. A pressão internacional, combinada com as manobras de lobby e as movimentações estratégicas, torna o cenário complexo e desafiador. O desfecho das negociações nos próximos meses será crucial para determinar como as vítimas do desastre de Mariana serão compensadas e qual será o papel das diferentes jurisdições na resolução do caso.