Uma violenta tempestade atingiu São Paulo com ventos superiores a 100 quilômetros por hora, causando apagões em diversas áreas da cidade e deixando um rastro de destruição. A equipe do Profissão Repórter percorreu os bairros afetados para ouvir relatos dos moradores, que enfrentaram desde perda de alimentos até danos em suas casas.
Em um bairro de São Paulo, vizinhos se uniram em um churrasco comunitário para evitar o desperdício de alimentos que estavam na geladeira.
“Tem linguiça, asinha, tudo para não ir para o lixo. Então, é melhor fazer o churrasco”, disse Maria Ariane, moradora e autônoma, destacando como a comunidade encontrou uma forma de amenizar as perdas.
Prejuízos materiais e adaptações improvisadas
A tempestade deixou muitos sem energia por até 48 horas. Ângelo Macedo, um publicitário, foi obrigado a buscar refúgio em um hotel para continuar suas atividades de trabalho e estudo. “Eu tive que pagar um hotel. Foi o último recurso”, relatou. Além disso, a falta de energia interrompeu serviços básicos como elevadores, obrigando o zelador de um prédio a subir e descer escadas para atender os moradores.
Em Cotia, a situação foi ainda mais dramática. Jéssica Borges, grávida de sete meses, viu sua casa ser parcialmente destruída pelo vento. “Os colchões e as camas molharam tudo. A roupa das crianças. Está tudo no saco para ir para o lixo”, disse. Com a perda de energia, Jéssica também viu sua fonte de renda, a venda de geladinhos, ser comprometida.
A cidade continua enfrentando os desafios de recuperação após a tempestade, com diversas famílias contando prejuízos e lutando para se reerguer em meio à devastação.