O nadador brasileiro Talisson Glock brilhou novamente nas Paralimpíadas de Paris ao conquistar o bicampeonato nos 400m livre da classe S6. Com um tempo de 4min49s55, Glock garantiu o ouro, enquanto o italiano Antonio Fantin ficou com a prata (4min49s99) e o mexicano Jesus Alberto Bermudez levou o bronze (5min07s00). Este é o nono pódio de Talisson em Paralimpíadas, consolidando sua trajetória de sucesso nas competições.
Durante a prova, Talisson Glock se destacou desde o início, abrindo vantagem significativa sobre os concorrentes. Após os primeiros 100 metros, o brasileiro liderava com uma vantagem de seis décimos de segundo. Na metade da prova, essa vantagem aumentou para 1s17 e, embora o italiano Fantin tenha tentado uma aproximação nos últimos metros, Glock conseguiu manter a liderança e cruzar a linha de chegada com o ouro.
Trajetória paralímpica e desafios pessoais
O nadador de Joinville, Santa Catarina, já havia conquistado quatro medalhas em Paris, incluindo prata nos 100m livre e bronze nos 200m medley e no revezamento 4x50m. Sua carreira paralímpica começou com um trágico acidente aos nove anos, quando perdeu o braço e a perna esquerdos ao ser atropelado por um trem. Seis meses depois do acidente, foi incentivado a praticar natação, e desde então tem se destacado no esporte.
Em outra conquista para o Brasil, Gabriel Bandeira alcançou a medalha de prata nos 100m costas da classe S14, para atletas com deficiência intelectual. Com um tempo de 58s54, Bandeira quebrou o recorde continental. O ouro foi para o australiano Benjamin Hance (57s04), e o bronze para o britânico Mark Thompson.
Gabriel, que competia na natação convencional desde os 11 anos e descobriu sua deficiência intelectual em 2020, fez uma excelente recuperação após não se destacar nas eliminatórias. Ele também conquistou o bronze nos 100m borboleta e no revezamento 4x100m livre S14.
Desclassificação de Lidia Cruz
Na prova dos 50m livre da classe S4, Lidia Cruz, que havia feito o melhor tempo nas eliminatórias, acabou desclassificada após queimar a largada. Patrícia, na mesma prova, terminou em quarto lugar.
As conquistas e os desafios enfrentados pelos atletas brasileiros nas Paralimpíadas de Paris destacam a resiliência e o talento excepcionais que marcam suas trajetórias.