O surf de rio é uma vertente pouco convencional do esporte, atraindo aventureiros que desafiam ondas formadas em águas doces ao redor do mundo. Locais icônicos incluem Waimea Bay, o rio Eisbach em Munique e pontos em Laguna Beach e Wyoming. No entanto, a cena atual se desloca para um lugar inesperado: o Rio Doce, em Governador Valadares, Minas Gerais.
O protagonista desta ousadia é Paulo Coelho, um empresário local que enfrentou as águas turbulentas formadas pelas chuvas intensas na região.
Segundo reportagens locais, traduzidas do português:
“O estado de Minas Gerais enfrentou mais um dia de fortes chuvas. Em Governador Valadares, o volume de água foi tão grande que formou ondas no Rio Doce. Um homem desafiou a correnteza para surfar. Ele é um empresário da cidade e afirma ter muitos anos de experiência no esporte. Apesar disso, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil alertam para os riscos de surfar em uma correnteza tão forte.”
Para Coelho, no entanto, a sessão foi uma oportunidade de pesquisa e desenvolvimento. Em sua conta no Instagram, ele explicou:
“Testando pranchas conforme o volume de água do Rio Doce. O objetivo é entender as possibilidades, prós e contras de cada modelo de prancha e como se comportam com variações no tamanho e formato das ondas.”
Experiência necessária e estado de emergência
Apesar do entusiasmo, Coelho reforça que essa prática deve ser reservada a surfistas experientes. Ele aconselha:
“Não recomendo que quem não surfa tente fazer isso. Mesmo os mais experientes devem entrar em contato conosco para saber onde estão as ondas, quais são os pontos de segurança e os cuidados a serem tomados para evitar riscos desnecessários.”
A situação na região continua crítica. Pelo menos nove cidades declararam estado de emergência devido às chuvas. Além disso, uma pessoa foi encontrada morta após seu carro ser levado pela correnteza ao tentar atravessar uma ponte.
O episódio evidencia tanto a resiliência dos aventureiros quanto os desafios impostos pelas forças da natureza.