O setor de serviços no Brasil registrou crescimento de 1,0% em setembro em comparação com agosto, superando a expectativa de 0,7% dos economistas consultados pela Reuters. O resultado, divulgado nesta quarta-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), marca um novo recorde para o setor e destaca a resiliência econômica do país mesmo diante do ciclo de aperto monetário conduzido pelo Banco Central.
Na comparação anual, o setor de serviços apresentou alta de 4,0%, superando a projeção de 3,5%. Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa do IBGE, ressaltou que diversas áreas contribuíram para o aumento no volume de serviços, incluindo empresas de engenharia, produção de festivais de música, transporte por dutos e edição de livros.
Aperto monetário e economia em expansão
Esse crescimento acontece em um momento de intensificação na política monetária. Na semana passada, o Banco Central brasileiro acelerou o ritmo de aumento da taxa de juros com um reajuste de 0,5 ponto percentual, levando a Selic para 11,25%. A medida visa conter a inflação, mas o desempenho do setor de serviços indica que, apesar da alta dos juros, a economia brasileira mantém sinais de expansão.
O setor de serviços, um dos pilares da economia brasileira, mostra assim um panorama positivo, sugerindo que o país pode estar mais preparado para enfrentar desafios econômicos e pressões inflacionárias à frente.
Artigo traduzido de Reuters