O Senado argentino aprovou a Lei de Bases proposta por Javier Milei após um dia tenso e marcado por negociações intensas em torno do Congresso em Buenos Aires. Com 36 votos a favor e um empate, a vice-presidente Victoria Villarruel desempatou a favor da medida, destacando a importância de reconstruir o país e apoiar os trabalhadores argentinos.
Durante meses de negociações, o governo concordou em retirar várias estatais da lista de privatizações, incluindo Aerolíneas Argentinas, em um esforço para garantir a aprovação no Senado. Apesar da vitória legislativa, enfrentou-se uma forte oposição nas ruas e críticas de legisladores, resultando em um pacote legislativo significativamente reduzido em relação à proposta inicial de Milei.
Agora, a Lei de Bases revisada retorna para análise na Câmara dos Deputados, onde já havia sido aprovada anteriormente, com o objetivo de ser ratificada na versão modificada. Uma das principais conquistas do governo foi a manutenção do Regime de Incentivos a Grandes Investimentos, destinado a atrair investimentos estrangeiros em setores como petróleo, gás e mineração.
O projeto, no entanto, enfrenta críticas por supostamente negligenciar pequenas e médias empresas, além de preocupações com questões ambientais e a autonomia das províncias. Com a aprovação da Lei de Bases, o governo acredita que seus planos econômicos estarão no caminho certo, reforçando o decreto de emergência pública de Milei e desregulação econômica.
Os próximos passos incluem a análise na Câmara dos Deputados e a possível implementação do pacote legislativo, sinalizando um novo capítulo na transformação econômica e política da Argentina sob o governo de Javier Milei.