O ex-jogador Ronaldo Nazário anunciou sua retirada da corrida para a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O bicampeão mundial de 48 anos havia manifestado interesse em disputar o cargo, mas declarou ter encontrado “portas fechadas” ao tentar viabilizar sua candidatura.
Inicialmente, Ronaldo planejava desafiar o atual presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, cujo mandato se estende até março de 2026. No entanto, o ex-atacante do Barcelona, Inter de Milão e Real Madrid optou por não seguir adiante após perceber que a maior parte das federações regionais já demonstrava apoio ao atual mandatário.
Dificuldade para viabilizar a candidatura
Ao anunciar sua retirada, Ronaldo afirmou que 23 das 27 federações regionais recusaram recebê-lo para discutir sua proposta de gestão, tornando sua candidatura inviável.
“No meu primeiro contato com as 27 federações regionais, encontrei 23 portas fechadas. Elas se recusaram a me receber sob a justificativa de estarem satisfeitas com a atual administração e de apoiarem a reeleição”, declarou Ronaldo em suas redes sociais.
A estrutura eleitoral da CBF favorece as federações regionais, que possuem três votos cada. Já os clubes da Série A do Brasileirão têm dois votos, e os da Série B, um voto cada. Com esse modelo, Ronaldo reconheceu que não teria como avançar sem o apoio das federações.
“O estatuto dá o peso maior às federações, então é claro que não tenho como concorrer”, lamentou o ex-jogador.
Com a desistência de Ronaldo, Ednaldo Rodrigues deve ser o único candidato na eleição de 2026.
Ronaldo e sua trajetória no futebol brasileiro
Bicampeão da Copa do Mundo em 1994 e 2002, Ronaldo é o segundo maior artilheiro da história do torneio, com 15 gols, atrás apenas do alemão Miroslav Klose. Ao longo de sua carreira internacional, conquistou também duas Copas América e uma medalha de bronze olímpica.
Desde sua aposentadoria, Ronaldo tem investido no futebol como empresário e dono do Cruzeiro, clube onde iniciou sua carreira. Seu desejo de liderar a CBF estava alinhado com sua proposta de “recuperar o prestígio” da seleção brasileira, que não vence uma Copa do Mundo desde 2002.
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