O Rio Acre, em Rio Branco, enfrenta uma seca extrema há mais de três meses, alcançando nesta sexta-feira, 30, a marca de 1,30 metro, o segundo menor nível da série histórica. Apenas cinco centímetros separam o rio da pior cota já registrada, de 1,25 metro, ocorrida em outubro de 2022. O rio perdeu 12 centímetros em apenas cinco dias, sinalizando uma crise hídrica alarmante.
A seca, que já afeta diretamente mais de 387 mil pessoas na capital acreana e em áreas rurais, tem causado prejuízos significativos, especialmente para produtores agrícolas, que enfrentam perdas de colheitas e dificuldades no transporte de mercadorias. A Defesa Civil do Acre já implementou um plano de contingência caso o rio caia abaixo de 1,25 metro, o que pode acontecer antes do início do período chuvoso, previsto para outubro.
Desde junho, a seca levou o governo do estado a decretar situação de emergência e a criar um gabinete de crise para enfrentar a redução dos níveis hídricos e o aumento dos riscos de incêndios florestais. Especialistas alertam que o fenômeno pode se tornar mais frequente e severo nos próximos anos, agravando ainda mais a situação das comunidades dependentes do Rio Acre.