Rejeição histórica: suposta camisa vermelha da Seleção gera onda de críticas nas redes sociais

Uma suposta camisa vermelha da Seleção Brasileira tem causado alvoroço — e indignação — nas redes sociais. O levantamento da Quaest divulgado nesta terça-feira, 29, revelou que cerca de 90% das menções ao uniforme tiveram conotação negativa. Foram mais de 24 milhões de citações em apenas dois dias, com um alcance de 43 milhões de visualizações. Em meio à repercussão intensa, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) afirmou que as imagens que circulam não são oficiais e que o novo uniforme ainda está em fase de definição.

A polêmica explodiu na segunda-feira, com picos de menções ao longo da terça, especialmente após a publicação do site “Footy Headlines”, especializado em uniformes esportivos. Segundo o portal, a camisa alternativa da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026 será vermelha, com calção preto e o logotipo da Air Jordan, marca inspirada no ícone do basquete Michael Jordan. O lançamento estaria previsto para março do ano que vem.

Apesar de a CBF afirmar que ainda não há definição oficial sobre a nova linha de uniformes, a repercussão já se transformou em debate político. Parlamentares de diferentes espectros ideológicos criticaram duramente a possível adoção da cor vermelha.

Para muitos, o tom carrega simbologias partidárias e ideológicas que não representariam a identidade nacional.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que a camisa da Seleção “sempre foi verde e amarela” e que a mudança seria uma “afronta ao orgulho do povo”. Outros políticos, como Ricardo Salles (Novo-SP), Eduardo Girão (Novo-CE) e Arthur Maia (União-BA), ecoaram o discurso, alegando que a cor seria uma tentativa de “polarização ideológica”.

Mesmo o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), da base governista, manifestou-se contra a troca de cores, reforçando que “as cores da Seleção não são uma identidade ideológica, mas nacional”.

Historicamente, o Brasil já usou camisas vermelhas em situações pontuais: em 1917, no Sul-Americano, quando precisou diferenciar seu uniforme do das seleções do Uruguai e do Chile, e em 1936, ao utilizar o uniforme do Independiente, da Argentina, contra o Peru. Entretanto, nunca houve uma adoção formal da cor em Copas do Mundo — o que reforça o ineditismo e o desconforto provocado pela proposta.

Em meio ao turbilhão, a Nike, patrocinadora da Seleção, ainda não se manifestou publicamente sobre o vazamento.