Após três meses sem dar notícias, a jornalista britânica Charlotte Alice Peet, de 33 anos, foi localizada em um hotel no bairro dos Jardins, em São Paulo. A polícia confirmou que ela está bem e optou por não retomar contato com os familiares. Diante disso, o caso foi encerrado sem indícios de crime.
Jornalista experiente, com passagens por veículos como Al Jazeera e The Telegraph
Charlotte atua como freelancer e já trabalhou para veículos de imprensa internacionais como The Times, The Independent, The Telegraph e Al Jazeera. Além disso, é fluente em português, francês e espanhol. Ela morou no Rio de Janeiro durante a pandemia de Covid-19, período em que produziu reportagens sobre temas como insegurança alimentar e violência policial em comunidades cariocas.
Segundo a polícia, seu desaparecimento foi comunicado por uma amiga norte-americana em fevereiro. A jornalista havia mandado uma mensagem dizendo que estava em São Paulo e procurava um lugar para se hospedar no Rio. Depois disso, não deu mais sinais de vida.
Nos dias seguintes, a família tentou contato por meio dos consulados britânicos. Também acionou a mesma amiga, preocupada com a ausência de notícias. Em paralelo, a 5ª Delegacia de Pessoas Desaparecidas passou a investigar o caso, realizando buscas e cruzamentos de dados. No entanto, só agora a jornalista foi localizada.
De acordo com a delegada Ellen Souto, responsável pelo caso, Charlotte afirmou de forma clara que está segura e optou, por vontade própria, por não manter vínculos com parentes ou retornar ao seu país.
Formada pela University of London, Charlotte estudou filosofia na University of Bristol. Em grupos de redes sociais, chegou a demonstrar interesse em retornar a Londres antes de desaparecer. Em uma publicação no Facebook, por exemplo, buscava um quarto para alugar em bairros como Brixton e Clapham. Ela se descrevia como “organizada, respeitosa e amigável”.
Como não foi identificado nenhum indício de crime ou coação, a Polícia Civil arquivou a investigação. A decisão respeita o direito da jornalista à privacidade e à escolha pessoal de permanecer distante da família.