Os professores das universidades federais decidiram encerrar a greve nacional, deflagrada em abril, até o próximo dia 3 de julho. A decisão ocorreu após assembleias estaduais que aprovaram a proposta de reajuste e reestruturação de carreira apresentada pelo governo Lula no início deste mês.
Conforme o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), o comando nacional da greve definiu que as paralisações começarão a ser finalizadas a partir desta quarta-feira, 26, quando será assinado um acordo com o Ministério da Gestão e Inovação para consolidar os termos propostos.
Apesar da decisão nacional, o retorno às aulas será determinado internamente por cada instituição federal de ensino, que ajustará seus próprios calendários acadêmicos. Até agora, 55 universidades ainda estavam em greve, mas várias instituições, como a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), já sinalizaram a aceitação do acordo e a retomada das aulas.
Outras categorias envolvidas na greve da educação federal, incluindo professores e técnicos-administrativos dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs), também decidiram encerrar as paralisações. A greve nos IFs deve ser oficialmente finalizada no dia 26 de junho.
Entretanto, os técnicos-administrativos das universidades federais ainda não aceitaram o acordo e permanecem em greve. A Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) se reunirá nesta segunda-feira (24) para reavaliar suas estratégias.
Termos do Acordo
A proposta aceita pelos professores prevê reajustes salariais em 2025 e 2026, com percentuais diferentes para cada categoria profissional. Além disso, o acordo inclui a revogação de uma portaria de 2020 que havia aumentado a carga horária mínima semanal para os professores.
O Ministério da Gestão e Inovação tem a expectativa de concluir todas as negociações até a próxima quarta-feira, 26, encerrando um movimento grevista que durou mais de 60 dias e afetou instituições de ensino superior em todo o país.