O procurador da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, foi preso nesta quinta-feira, 10, após ser identificado como o autor do assassinato de um morador de rua em Cuiabá. A vítima, Ney Muller Alves Pereira, de 42 anos, foi atingida com um tiro no rosto na noite de quarta-feira (9), próximo ao campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Servidor efetivo da ALMT desde 2015, Luiz Eduardo recebe salário base de R$ 44 mil e, nos três primeiros meses deste ano, teve rendimento líquido médio de aproximadamente R$ 40 mil. A informação sobre os vencimentos do procurador veio à tona após sua prisão, ampliando a repercussão do caso que gerou forte comoção pública.
A investigação aponta que Luiz Eduardo teria cometido o crime de forma deliberada.
Após ser identificado pelas autoridades, ele se apresentou na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde foi detido. A polícia não divulgou detalhes sobre a motivação do crime até o momento.
Imagens e relatos colhidos nas imediações da UFMT ajudaram na identificação do procurador. O crime, segundo investigadores, tem características de execução. A vítima, que vivia em situação de rua, não resistiu ao ferimento.
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso, mas o episódio reacende o debate sobre abuso de poder, desigualdade e violência urbana.
Enquanto isso, o Ministério Público e a polícia civil seguem apurando as circunstâncias do crime. O caso segue sob sigilo, e novas informações devem ser divulgadas nos próximos dias.