Primeiros casos do vírus Oropouche são detectados na Europa

O vírus Oropouche, originário de preguiças e transmitido por insetos, foi detectado pela primeira vez na Europa, conforme confirmam autoridades de saúde. O vírus, que pertence à mesma família de doenças que o Zika e a Dengue, tem sido responsável por uma série de casos na América Latina e agora começa a se espalhar pelo continente europeu.

Casos importados e distribuição na Europa

Entre junho e julho, foram relatados 19 casos importados de vírus Oropouche na Europa, segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC). Desses, 12 ocorreram na Espanha, cinco na Itália e dois na Alemanha. A maioria dos casos na Europa foi associada a viagens recentes a Cuba, com um caso específico na Itália vinculado a uma viagem ao Brasil.

O vírus é transmitido por picadas de insetos, como mosquitos, e é conhecido por afetar preguiças de garganta pálida, primatas não humanos e aves. Atualmente, não há vacina disponível para tratar a doença.

Sintomas e impacto

Oropouche pode causar uma série de sintomas debilitantes, incluindo dores de cabeça, náuseas, vômitos, dores musculares e articulares. Embora os sintomas possam persistir por cerca de quatro dias, os desfechos fatais são extremamente raros e a recuperação da doença é comum. Recentemente, o Lancet relatou duas mortes no Brasil associadas ao vírus em jovens mulheres sem outras condições de saúde pré-existentes.

Recomendações para viajantes

O ECDC avalia que o risco de infecção para cidadãos da UE que viajam para ou residem em áreas epidêmicas é moderado, devido ao alto número de casos na América Latina. A autoridade europeia recomenda que os viajantes adotem medidas protetoras pessoais para reduzir o risco de picadas de insetos. Isso inclui o uso de repelentes e o uso de camisas de manga longa e calças compridas, tanto durante atividades ao ar livre quanto dentro de casa.

A detecção do Oropouche na Europa ressalta a necessidade crescente de monitoramento e prevenção de doenças infecciosas emergentes, à medida que o vírus continua a se espalhar globalmente.

Matéria traduzida de Independent UK