A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) abriu um inquérito para investigar um caso de estelionato contra um idoso de 71 anos em Belo Horizonte. O homem teve suas contas bancárias invadidas e perdeu aproximadamente R$ 1,4 milhão em agosto deste ano. A defesa alega que falhas na segurança dos bancos Santander e Inter permitiram o golpe, e busca a restituição do valor.
A fraude teve início com uma ligação de uma mulher que se passou por funcionária do Banco Santander, informando o idoso sobre uma suposta tentativa de habilitação de sua conta em um novo celular. A golpista solicitou que ele realizasse procedimentos de segurança, que, na verdade, resultaram em transferências Pix para contas controladas pelos estelionatários.
Medidas legais e investigação em curso
A defesa do idoso, que mantinha R$ 1,2 milhão no Santander e R$ 200 mil no Inter, afirma que todas as medidas judiciais estão sendo tomadas para responsabilizar os envolvidos. Segundo a nota da defesa, o banco foi notificado da fraude, mas não bloqueou a conta a tempo, permitindo a transferência de valores elevados.
“O banco viu valores vultuosos saindo da conta e só bloqueou a conta após todo o montante ser transferido”, afirmou a defesa em nota.
A 2ª Delegacia Especializada em Investigação de Crimes Cibernéticos está à frente do caso, e as investigações seguem para identificar os envolvidos na fraude.
Bancos respondem ao golpe
Em resposta, o Banco Santander comunicou ao cliente que não reembolsará o valor, alegando que as transações foram feitas com as credenciais de autenticação do próprio cliente. O Banco Inter, por outro lado, informou à defesa que restituirá R$ 100.860,68 ao cliente.
Após o golpe, o idoso relatou uma tentativa de invasão de seu e-mail e a visita de uma assistente de investimentos do banco à sua residência, acompanhada por policiais, após receber uma chamada suspeita.