Tallis Gomes, presidente do G4 Educação, fez um pedido de desculpas público em suas redes sociais na quinta-feira ,19, após gerar polêmica com declarações sobre mulheres em cargos de liderança. Em resposta a uma pergunta sobre se estaria noivo de uma mulher CEO, ele afirmou: “Deus me livre de mulher CEO”, argumentando que, segundo ele, mulheres em posições de liderança passam por um “processo de masculinização” que prioriza a carreira em detrimento da vida familiar.
Gomes se retratou, reconhecendo que suas palavras machucaram muitas mulheres. “Fui infeliz ao tocar em pontos sensíveis e usar palavras inadequadas. Peço desculpas a todas que se sentiram ofendidas”, disse. Ele enfatizou que não questionava a capacidade das mulheres de ocupar posições de liderança e destacou a importância de sua sócia, Maria Isabel Junqueira, no G4 Educação.
Reações de executivas e nota oficial do G4
As reações ao discurso de Gomes foram rápidas e contundentes. Luiza Trajano, presidente do conselho do Magazine Luiza, manifestou seu desacordo em uma publicação no LinkedIn, lembrando que conseguiu conciliar carreira e maternidade. Ela encorajou as mulheres a não se deixarem abalar por opiniões como as de Gomes.
Outras executivas, como Renata Vieira, Claudia Meirelles e Rafaela Rezende, também se posicionaram contra as declarações, defendendo que as mulheres têm o direito de escolher seus caminhos, seja no mercado de trabalho ou em suas vidas pessoais.
O G4 Educação, em nota oficial, afirmou que “não compactua com as palavras do CEO” e reiterou seu compromisso com a promoção de mulheres executivas, ressaltando que as declarações de Gomes não refletem a visão da empresa.
Histórico de polêmicas
Além deste incidente, Tallis Gomes já havia protagonizado outras controvérsias. Em julho, ele afirmou que “não contratar esquerdistas” era parte da cultura do G4 Educação e que quem não trabalhava longas horas não conseguiria “construir nada na vida”. Essas declarações também provocaram reações negativas nas redes sociais.
O episódio atual destaca a necessidade de um diálogo mais respeitoso e inclusivo sobre a diversidade de gênero no ambiente corporativo, ressaltando a importância do papel das mulheres em posições de liderança.