PF diz que Silvinei foi visto pela última vez na véspera de Natal e tornozeleira parou no dia seguinte

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By LatAm Reports Redatores da Equipe

A Polícia Federal informou que o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, foi visto pela última vez na noite da véspera de Natal. Segundo a PF, a tornozeleira eletrônica usada por ele deixou de emitir sinais de localização no dia seguinte. Horas depois, Silvinei acabaria preso no Paraguai com um passaporte falso.

De acordo com informações enviadas ao Supremo Tribunal Federal, o equipamento apresentou falha na madrugada do dia 25. Inicialmente, os sinais ficaram intermitentes. Ainda assim, na parte da tarde, o envio de dados foi totalmente interrompido. A PF atribuiu o problema à falta de bateria na tornozeleira.

Silvinei foi preso na madrugada desta sexta-feira no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção. Segundo a Polícia Federal, ele tentava fugir para El Salvador. No início do mês, o ex-diretor da PRF havia sido condenado pelo STF a 24 anos de prisão por participação na tentativa de golpe de Estado.

A Procuradoria-Geral da República sustenta que Silvinei atuou para dificultar o deslocamento de eleitores em regiões onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva tinha vantagem sobre Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições.

Movimentação na véspera e decisão de prisão preventiva

Imagens analisadas pela PF mostram que Silvinei deixou o condomínio onde mora, em São José, na Grande Florianópolis, por volta das 19h22 da quarta-feira, dia 24. Ele utilizava um carro alugado. Pouco antes, foi visto colocando sacolas, ração e tapetes higiênicos no veículo. Um cachorro da raça pitbull também foi levado.

Depois disso, o ex-diretor da PRF não voltou a ser visto. No dia seguinte, após os primeiros alertas sobre a tornozeleira, equipes foram ao local. A Polícia Penal de Santa Catarina chegou ao condomínio por volta das 20h10 do dia 25. No entanto, não encontrou Silvinei no apartamento nem na vaga de garagem.

A Polícia Federal foi acionada apenas às 23h do Natal. Os agentes repetiram as diligências feitas pela equipe estadual. Ainda assim, não localizaram o ex-dirigente. Segundo relatório enviado ao STF, não é possível afirmar se a tornozeleira permaneceu no apartamento nem precisar as causas exatas da violação.

Com base nessas informações, o ministro Alexandre de Moraes avaliou que houve tentativa de fuga. Em decisão proferida nesta sexta-feira, ele decretou a prisão preventiva de Silvinei Vasques. Para o ministro, as diligências indicam descumprimento das medidas cautelares e intenção de driblar ordens judiciais.