Nesta terça-feira, 6, a Polícia Civil prendeu em Mogi das Cruzes (SP) o advogado Ahmed Hassan Saleh, sócio da empresa de ônibus UPBus, durante uma operação contra o PCC (Primeiro Comando da Capital). A Justiça também bloqueou R$ 8 bilhões em bens relacionados aos suspeitos. Ao todo, 20 mandados de prisão foram expedidos contra pessoas investigadas por suposta ligação com a facção criminosa.
Detalhes da operação
A operação, chamada Decurio, resultou na prisão de 13 pessoas, além de Saleh, e na apreensão de 20 celulares, sete veículos, três armas de fogo, R$ 25 mil, US$ 4.600, e diversos relógios de luxo. A polícia continua cumprindo mandados em 14 cidades do estado de São Paulo, incluindo São Paulo, Guarulhos e Campinas. Os investigadores identificaram membros do PCC por meio da apreensão de documentos, cartas e aparelhos eletrônicos.
Principais Ações da Operação:
- Mandados de Prisão e Busca: Expedição de mandados em diversas cidades para prender suspeitos de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e infiltração em cargos públicos.
- Infiltração Eleitoral: Investigação revelou um projeto do PCC para lançar candidatos nas eleições municipais e financiar campanhas, com a intenção de infiltrar a facção em cargos políticos.
Contexto da operação
A UPBus, já investigada anteriormente na operação Fim da Linha do Ministério Público, foi alvo de suspeitas de ligação com o PCC. Em abril, o Ministério Público de São Paulo investigou a UPBus e a Transwolff, que juntas transportam cerca de 700 mil passageiros diariamente e receberam cerca de R$ 800 milhões da Prefeitura de São Paulo em 2023. Ubiratan Antônio da Cunha, presidente da UPBus, está preso desde 16 de julho, acusado de lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A operação Decurio segue com novas investigações, e a delegacia Seccional de Mogi das Cruzes é responsável pela coordenação das ações. O impacto e as implicações da operação continuam a ser avaliados.