O prazo para entregar a declaração do Imposto de Renda 2025 já está correndo, e quem deixar para depois pode acabar com o nome sujo, CPF irregular e até enfrentar processos mais graves. A Receita Federal não tem sido flexível com quem ignora a obrigação, e os impactos vão muito além da multa.
O contribuinte que deixar de declarar o Imposto de Renda 2025 até o dia 30 de maio corre o risco de enfrentar consequências severas, que vão desde penalidades financeiras até restrições no CPF e complicações judiciais. Segundo a Receita Federal, a multa mínima para quem perder o prazo é de R$ 165,74, mas o valor pode chegar a 20% do imposto devido, com acréscimos legais.
Mesmo quem não tem imposto a pagar, mas se enquadra nas regras de obrigatoriedade, está sujeito à multa por omissão. Já os contribuintes isentos, como aposentados com rendimentos abaixo de R$ 33.888 em 2024 — não precisam se preocupar com essa penalidade, desde que não tenham ultrapassado os limites legais.
A Receita começa a contabilizar o atraso no dia seguinte ao fim do prazo.
Quem não regulariza a situação pode ver o valor da multa ser automaticamente descontado de restituições futuras. Além disso, o órgão costuma emitir notificações formais cobrando pendências e exigindo correções na declaração.
Mas os prejuízos não param por aí. Deixar de declarar o IR pode levar à inclusão do nome no Cadin (Cadastro de Inadimplentes do Setor Público) e resultar na suspensão do CPF. Com o documento irregular, o cidadão fica impedido de abrir ou movimentar contas bancárias, pedir empréstimos, tirar passaporte, participar de concursos públicos ou realizar transações como compra e venda de imóveis.
Em casos mais extremos, especialmente quando há indícios de sonegação fiscal deliberada, o contribuinte pode ser investigado e até denunciado por crime contra a ordem tributária. A pena prevista é de seis meses a dois anos de prisão, além de multa de até cinco vezes o valor do imposto não pago.
Estão obrigados a declarar em 2025 os brasileiros que tiveram rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888 no ano anterior, além de investidores, profissionais com receita rural elevada, pessoas com bens acima de R$ 800 mil ou com rendimentos no exterior. Também entram na lista aqueles que operaram na bolsa ou atualizaram bens de acordo com a nova legislação.
Ignorar o prazo pode sair mais caro do que muitos imaginam. A recomendação dos especialistas é simples: não deixe para a última hora. Organize seus documentos, consulte se está obrigado a declarar e envie a declaração o quanto antes.