A cidade de Mariana, profundamente impactada pelo rompimento da barragem do Fundão da Samarco em 2015, está testemunhando um retorno cauteloso às operações de mineração. Nove anos após o desastre, a Samarco, que ficou paralisada por cinco anos, retomou suas atividades no final de 2020, operando atualmente com 30% de sua capacidade.
Para garantir a segurança, a mineradora implementou um novo sistema de manejo de rejeitos. Agora, todo o rejeito é filtrado e armazenado de forma seca em pilhas de deposição, eliminando o risco associado às barragens.
“Modificamos nosso processo produtivo para que todo o rejeito seja filtrado e depositado de forma seca”, explica um funcionário da Samarco.
Impacto econômico e avanços na fiscalização
Além das melhorias tecnológicas, há um esforço contínuo para aperfeiçoar a colaboração entre as autoridades federais, estaduais e municipais, garantindo que a mineração seja conduzida de maneira responsável e segura. A Samarco tem como objetivo aumentar sua capacidade de produção para 60% no próximo ano e atingir 100% até 2028, sempre priorizando a segurança e a sustentabilidade.
O impacto econômico do rompimento da barragem do Fundão foi imenso, afetando cerca de dois milhões de pessoas e causando danos consideráveis às economias locais de cidades como Ouro Preto, Mariana, Anchieta e Guarapari.
Desde então, a Samarco e as autoridades implementaram rigorosas medidas de monitoramento e fiscalização. A mineradora agora opera com uma sala de controle avançada, que supervisiona todas as etapas do processo de mineração desde Minas Gerais até o Espírito Santo.