Maduro acusa EUA de tentar mudança de regime na Venezuela

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By LatAm Reports Redatores da Equipe

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta segunda-feira, 1º, que os Estados Unidos buscam impor uma “mudança de regime” no país. Segundo ele, Washington já teria prometido entregar o poder a opositores como María Corina Machado e Edmundo González.

A declaração foi feita em Caracas, durante uma entrevista coletiva com jornalistas nacionais e estrangeiros. Maduro disse que embarcações dos EUA, equipadas com cerca de 1.200 mísseis, estariam se dirigindo ao território venezuelano.

O líder também acusou o secretário americano Marco Rubio de participar de uma videoconferência com membros da oposição. Segundo Maduro, o encontro teria ocorrido no último sábado (30), um dia após Rubio visitar o Comando Sul.

Durante a fala, ele ironizou González, a quem chamou de “velhinho”. Também se referiu a Machado como “Sayona”. Ambos são alvos de processos judiciais na Venezuela e vivem em situação de exílio ou clandestinidade.

Tensão cresce no Caribe

Maduro lembrou que os EUA já haviam apoiado Juan Guaidó em 2019, quando o opositor se autoproclamou presidente interino. Para ele, a atual mobilização americana representa “a maior ameaça à América Latina no último século”.

“Se a Venezuela for atacada, entrará em luta armada para defender o território, a história e o povo”, declarou.

De acordo com informações divulgadas pela imprensa dos EUA, pelo menos sete navios foram enviados ao sul do Caribe. O grupo inclui um submarino nuclear, aviões de vigilância e cerca de 4.500 militares. Washington acusa Maduro de liderar o chamado “Cartel de los Soles”, classificado como organização criminosa.

O governo americano oferece recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à captura do presidente venezuelano. Questionada, a Casa Branca não detalhou os objetivos da operação. A porta-voz Karoline Leavitt disse apenas que os EUA usarão “toda a força” contra Maduro.

Reportagem do site Axios revelou ainda que Donald Trump pediu a seus conselheiros um “menu de opções” sobre como lidar com Caracas. Autoridades não descartam, inclusive, uma invasão militar no futuro.

Enquanto isso, o governo venezuelano mobiliza militares e milicianos em preparação para um possível conflito.