O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe nesta sexta-feira, 5, cerca de 20 convidados para um almoço no Palácio da Alvorada. A lista conta com os atuais comandantes das Forças Armadas, ex-líderes militares de gestões anteriores e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.
Segundo o Planalto, o encontro não terá caráter de trabalho. A proposta é criar um ambiente informal, sem fardas, para aproximar o presidente da cúpula militar. Para auxiliares, o gesto transmite também uma mensagem de estabilidade institucional.
Encontro ocorre às vésperas do 7 de Setembro
Entre os confirmados estão o general Tomás Paiva, comandante do Exército, o almirante Marcos Olsen, da Marinha, e o tenente-brigadeiro Marcelo Damasceno, da Aeronáutica. O chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Marcos Amaro, também participa. Ex-comandantes de gestões passadas foram convidados pelo governo.
O almoço foi marcado estrategicamente para a véspera do 7 de Setembro. No sábado, Lula estará em Brasília para acompanhar o tradicional desfile militar na Esplanada dos Ministérios. O momento ganha peso adicional porque o Supremo Tribunal Federal deve concluir, na próxima semana, o julgamento da chamada Trama Golpista. Esse processo envolve aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusados de tentar impedir a posse do atual governo.
Relação com os militares
Nos bastidores, a iniciativa é interpretada como uma tentativa de reforçar pontes entre governo e Forças Armadas. Reuniões informais costumam reduzir tensões e favorecer a construção de confiança. Lula, ao reunir líderes da ativa e da reserva, busca demonstrar respeito institucional e disposição ao diálogo.
Desde a redemocratização, encontros semelhantes sempre tiveram papel importante na manutenção do equilíbrio político. Para o Planalto, o gesto simboliza pacificação em um cenário ainda marcado por disputas judiciais e polarização.