Pela primeira vez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que não reconhece a vitória de Nicolás Maduro nas eleições venezuelanas, realizadas há 18 dias. Durante entrevista, Lula sugeriu alternativas para solucionar a crise política no país, incluindo a formação de um governo de coalizão ou a convocação de novas eleições. A proposta foi prontamente rejeitada pelo governo Maduro, e líderes da oposição criticaram a postura de não reconhecer o resultado das urnas.
As eleições foram marcadas por alegações de fraude, com a oposição apresentando documentos que indicariam uma vitória do opositor Edmundo González. A repressão pós-eleitoral resultou na prisão de 2,4 mil pessoas e na morte de 24 manifestantes.
Apoio internacional para uma solução
O Brasil, juntamente com a Colômbia, tem buscado uma solução diplomática, com o presidente colombiano, Gustavo Petro, também defendendo novas eleições como parte de um acordo mais amplo. Esse acordo incluiria a suspensão de sanções econômicas, uma anistia geral e uma transição governamental negociada. A oposição venezuelana, no entanto, rejeita a ideia de novas eleições, argumentando que isso desrespeita a vontade do povo expressa nas urnas.
Em resposta, o governo Maduro considerou a sugestão de novas eleições como uma interferência externa nos assuntos internos da Venezuela.