O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou por videoconferência da reunião presidencial do Brics nesta quarta-feira, 23, quatro dias após sofrer uma queda que o impediu de viajar à Rússia. Lula fez um discurso conciso, de pouco mais de sete minutos, onde abordou questões como mudanças climáticas, a taxação de grandes fortunas e as guerras em andamento no Oriente Médio e na Europa Oriental.
Compromisso com o clima e taxação dos super-ricos
Lula destacou o papel essencial do Brics no combate às mudanças climáticas, enfatizando a responsabilidade dos países ricos na crise ambiental atual e a necessidade de ação coletiva para limitar o aquecimento global. Ele reforçou a necessidade de fortalecer os compromissos do Acordo de Paris, sobretudo com a implementação de medidas de monitoramento eficazes.
Além disso, o presidente aproveitou a oportunidade para promover uma pauta que defende em outros fóruns internacionais, como o G20: a taxação dos super-ricos. Segundo ele, essa medida é crucial para a redução das desigualdades, e o Brasil já conta com o apoio dos membros do Brics nessa iniciativa.
Críticas às guerras e defesa da paz
No contexto das guerras no Oriente Médio e na Europa, Lula fez um apelo para que sejam iniciadas negociações de paz, criticando as ações militares de Israel e mencionando a escalada de violência na Faixa de Gaza. Ao abordar o conflito entre Rússia e Ucrânia, o presidente evitou condenar diretamente a invasão, mantendo um tom mais diplomático.
Lula finalizou o discurso destacando que o Brasil, durante sua presidência rotativa do Brics em 2025, trabalhará para fortalecer a cooperação entre os países do Sul Global, promovendo uma governança mais inclusiva e sustentável.