Lula assina TV 3.0; interatividade e 4K chegam à TV aberta em 2026

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que regulamenta a TV 3.0 (DTV+). A partir de agora, as emissoras podem iniciar a implantação do novo padrão. Segundo o governo, as transmissões começam no primeiro semestre de 2026 nas grandes capitais.

A expansão nacional, porém, deve levar até 15 anos. O ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, afirmou que não haverá troca imediata de televisores.

A transição será gradual, com convivência entre o sinal digital atual e o 3.0 por 10 a 15 anos, prorrogáveis. Para o público, a promessa é de imagem em 4K e 8K, som imersivo e recursos interativos em tempo real. Inicialmente, será preciso uma “caixinha” de recepção; depois, a tecnologia virá integrada aos novos aparelhos.

Como será a transição, e o que muda na tela

A TV 3.0 amplia a experiência da TV aberta e se aproxima do streaming. Haverá aplicativos nativos, navegação por ícones e experiências personalizadas. A internet não será obrigatória para assistir, embora habilite interações e conteúdos adicionais. Assim, o espectador poderá escolher câmeras em realities, ouvir só a torcida no futebol e receber informações locais, como clima e trânsito. Além disso, anúncios e alertas poderão ser segmentados por interesse e região.

Segundo a Abratel, celulares compatíveis também receberão o sinal sem consumir dados. Setores da radiodifusão pedem políticas públicas para facilitar o acesso a receptores, especialmente para famílias de baixa renda. Já a Secom destacou soberania tecnológica e defendeu que os canais abertos tenham o mesmo destaque na interface. Líderes de Globo, SBT, Record e RedeTV celebraram o salto de qualidade e citaram novas oportunidades de negócios.

Na prática, a TV aberta mantém capilaridade nacional e ganha interatividade, enquanto o público ganha mais controle, sem perder gratuidade.