Luigi Mangione, acusado de matar Brian Thompson, CEO da UnitedHealth, se declarou inocente das acusações de assassinato e terrorismo em sua primeira audiência nesta segunda-feira (23) em Nova York. O processo na Justiça estadual ocorrerá paralelamente ao federal, no qual Mangione pode enfrentar pena de morte.
Mangione, de 26 anos, foi preso em 9 de dezembro na Pensilvânia, cinco dias após o assassinato de Thompson em frente a um hotel de luxo em Manhattan. Ele foi encontrado com uma identidade falsa e uma pistola que, segundo a polícia, teria sido fabricada com partes produzidas por impressora 3D. Imagens de câmeras de segurança também mostram um indivíduo com características físicas semelhantes às de Mangione no local do crime.
Em sua posse, a polícia encontrou um manifesto de três páginas, onde expressava raiva contra seguradoras de saúde, descritas como “parasitárias”. Apesar disso, a UnitedHealth afirmou que Mangione não era cliente da empresa.
Perfil do de Luigi Mangione
Luigi Mangione nasceu em Maryland e foi descrito como um aluno brilhante, tendo estudado em uma escola de elite em Baltimore. Posteriormente, frequentou a Penn State University, onde se especializou em ciência da computação com foco em inteligência artificial. Ele também era membro de uma família rica, proprietária de um império imobiliário e empresarial.
Nas redes sociais, Mangione demonstrava interesse por temas polêmicos, como o manifesto de Ted Kaczynski, o Unabomber, e críticas ao uso de smartphones por crianças. Amigos e colegas se mostraram chocados com as acusações, descrevendo-o como “um cara legal”.
Implicações legais
Mangione enfrenta acusações de homicídio de primeiro e segundo graus no tribunal estadual, com pena máxima de prisão perpétua sem liberdade condicional. No tribunal federal, onde as acusações incluem terrorismo, a pena de morte é uma possibilidade.
A investigação segue em curso, com destaque para o uso de tecnologia na produção da arma e os possíveis motivos do crime. O caso reacendeu debates nos EUA sobre a insatisfação pública com seguradoras de saúde e os limites da violência relacionada a essas questões.