Justiça torna Oruam réu por tentativa de homicídio contra policiais no Rio

A Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia do Ministério Público contra o rapper Oruam e um amigo dele por tentativa de homicídio qualificada. A decisão foi assinada pela juíza Tula Correa de Mello, da 3ª Vara Criminal, após os dois serem acusados de agredir policiais civis durante uma operação na Penha.

Segundo a Promotoria, Oruam e Willyam Vianna teriam lançado pedras da varanda da casa do cantor contra agentes que cumpriam um mandado de busca. O impacto feriu um dos policiais. Além disso, um vídeo mostra o rapper atacando uma viatura da polícia, momentos antes de os agentes deixarem o local. As pedras pesavam até 4,8 quilos, de acordo com o laudo, e podiam causar lesões fatais.

Réu por oito crimes e foco em redes sociais

Com essa nova acusação, Oruam passa a responder por oito crimes. Entre eles estão tráfico, lesão corporal, desacato, ameaça e agora tentativa de homicídio. A promotoria afirma que ele agiu com dolo eventual, ou seja, assumiu o risco de matar.

Ainda conforme o Ministério Público, o rapper teria usado as redes sociais para incitar a violência contra a polícia. As publicações foram incluídas na denúncia como prova de motivação torpe. Os ataques foram classificados como cruéis e cometidos contra agentes públicos em serviço, o que enquadra o caso como crime hediondo.

A defesa, por outro lado, afirma que Oruam jamais tentou matar alguém. Segundo os advogados, ele foi agredido de forma ilegal e agiu em legítima defesa. Eles alegam que os policiais usavam carros descaracterizados e entraram sem mandado válido. Após ficar foragido, o artista se entregou à polícia.