O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, segue como réu apenas por fraude esportiva. A decisão foi confirmada nesta segunda-feira, 8, pelo juiz Fernando Brandini Barbagalo, do Distrito Federal. O magistrado rejeitou o recurso do Ministério Público, que queria incluir também a acusação de estelionato. O caso está ligado ao Brasileirão de 2023, quando o atleta recebeu um cartão amarelo em situação investigada pela Polícia Federal.
Recurso do MP será analisado em segunda instância
O Ministério Público afirma que Bruno Henrique, o irmão Wander Nunes Pinto Júnior e mais sete pessoas participaram de um esquema de apostas. Para a promotoria, o grupo deveria responder também por estelionato. No entanto, Barbagalo entendeu que não há provas suficientes para sustentar a acusação. Segundo ele, as casas de apostas citadas não se colocaram como vítimas, limitando-se a atender pedidos da Polícia Federal e do MP.
As investigações apontaram que Wander teria apostado sabendo do cartão e avisado pessoas próximas. A informação antecipada teria beneficiado apostadores. Mesmo assim, o juiz reforçou que os indícios confirmam apenas fraude esportiva, crime previsto na Lei Geral do Esporte. Por isso, Bruno Henrique e o irmão já respondem nesse processo.
Barbagalo também rejeitou medidas cautelares, como a fiança de R$ 2 milhões pedida pelo MP. Com a nova decisão, o recurso será encaminhado ao Tribunal de Justiça do DF. O caso será examinado em segunda instância.
No futebol, o jogador enfrenta punição paralela. O STJD condenou Bruno Henrique a 12 partidas de suspensão e multa de R$ 50 mil. O atacante ainda pode recorrer.