Luiz Henrique, atacante do Botafogo e da Seleção Brasileira, foi alvo de uma tentativa de extorsão às vésperas da final da Libertadores. A polícia prendeu em flagrante Raissa Cândida da Rocha, prima de sua ex-esposa, acusada de exigir R$ 20 mil para não expor imagens e mensagens pessoais do jogador.
A investigação começou em setembro, quando a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo denunciou as ameaças recebidas pelo atleta. Pelo WhatsApp, o criminoso fornecia dados de Pix e pressionava o jogador a realizar a transferência. Mensagens obtidas mostram o teor das ameaças:
“Não posso esperar mais. Quem tem algo a perder é você. R$ 20 mil até amanhã ou suas intimidades serão reveladas.”
Em algumas ocasiões, as ameaças coincidiam com jogos decisivos, como a final da Libertadores. Segundo o delegado Carlos Eduardo Rangel, o objetivo era desestabilizar psicologicamente o jogador.
Orientado pela polícia, o clube retirou o celular do jogador para evitar novas interações com os chantagistas. Agentes da Delegacia Antissequestro identificaram Raissa como a responsável pelas mensagens e efetuaram sua prisão em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.
Em depoimento, Raissa admitiu o crime. A Justiça converteu a prisão em preventiva, e as investigações seguem em sigilo para identificar outros envolvidos.
Outros suspeitos
O caso também trouxe à tona suspeitas sobre um ex-empresário de Luiz Henrique, que chegou a prestar depoimento. Ele negou qualquer envolvimento e forneceu informações à polícia para comprovar sua inocência.
Ana Carolina Andrade, ex-esposa do jogador, também se manifestou. Em nota, ela repudiou o ato de sua prima, declarou que mantém uma boa relação com Luiz Henrique por conta da filha que têm juntos e afirmou não haver indícios de sua participação no crime.
Apesar das tentativas de extorsão, Luiz Henrique brilhou na final da Libertadores, ajudando o Botafogo a conquistar o título no último sábado, 30. O caso, no entanto, evidencia os desafios enfrentados por atletas que lidam com a pressão dentro e fora dos campos.
A polícia segue apurando o caso para garantir que todos os responsáveis sejam levados à justiça.