Com o prazo para o pagamento do IPTU 2025 se aproximando, muitos contribuintes enfrentam a dúvida: é melhor pagar o imposto à vista ou parcelar? A resposta depende de diversos fatores, como o valor do desconto oferecido, a incidência de juros e a situação financeira de cada pessoa.
Desconto, juros e planejamento financeiro
Cada cidade tem suas próprias regras para o IPTU, incluindo prazos, descontos e possíveis cobranças de juros. Segundo Thiago Godoy, educador financeiro e criador do canal “Papai Financeiro”, a decisão deve considerar três pontos principais:
- Existência de juros no parcelamento: se houver cobrança, é importante saber a taxa aplicada e calcular o valor total do imposto parcelado.
- Desconto no pagamento à vista: em muitas cidades, a prefeitura oferece um desconto para quem paga o imposto de uma vez. Esse percentual pode variar e está disponível no calendário do IPTU no site da prefeitura.
- Disponibilidade de dinheiro e outras contas: avaliar se pagar o IPTU à vista não comprometerá o orçamento para outras despesas, como IPVA, materiais escolares e contas fixas.
Godoy explica que uma das vantagens do pagamento à vista é emocional, já que o contribuinte quita a dívida de uma só vez e evita preocupações futuras. No entanto, ele sugere analisar se o desconto oferecido é superior ao rendimento que o valor poderia gerar se investido em aplicações de renda fixa.
Por exemplo, se o IPTU for de R$ 1.000 e o desconto para pagamento à vista for de 5%, o valor cai para R$ 950. Porém, se esse valor fosse investido em um Certificado de Depósito Bancário (CDB) com rendimento de 100% do CDI, a rentabilidade em 10 meses seria de cerca de 8,59%, resultando em R$ 1.085,88. Nesse caso, o retorno financeiro do investimento seria maior do que o desconto oferecido pela prefeitura.
Avalie sua situação financeira antes de decidir
Além da análise financeira, é fundamental considerar a situação econômica pessoal. O início do ano costuma ser marcado por despesas extras, como IPVA, material escolar e reajustes em serviços. Mesmo que o contribuinte tenha o valor para pagar o IPTU à vista, é necessário avaliar se isso comprometerá outras contas importantes.
Godoy alerta que não é recomendável contrair dívidas ou empréstimos para pagar o IPTU à vista, já que os juros dessas operações podem ser mais altos do que o custo do parcelamento. Para quem optar por parcelar, a atenção aos prazos de vencimento é essencial para evitar multas e juros por atraso.
Uma solução prática para quem escolhe o parcelamento é cadastrar o pagamento no débito automático, garantindo que as parcelas sejam quitadas em dia e evitando transtornos futuros.