O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,62% em novembro, informou o IBGE nesta terça-feira, 26. O grupo Alimentação e Bebidas foi o principal responsável pela elevação, avançando 1,34% no mês e contribuindo com 0,29 ponto percentual (p.p.) no índice.
No acumulado de 2024, o IPCA-15 soma alta de 4,35%. Nos últimos 12 meses, a inflação ficou em 4,77%, acima dos 4,47% registrados nos 12 meses anteriores e também da meta do Banco Central, que é de 3,0%, com tolerância de 1,50% a 4,50%.
Alimentação doméstica impulsiona alta no IPCA
O aumento nos preços da alimentação no domicílio foi o principal destaque, acelerando de 0,95% em outubro para 1,65% em novembro. Itens como óleo de soja (8,38%), tomate (8,15%) e carnes (7,54%) lideraram as altas. Por outro lado, produtos como cebola (-11,86%), ovos (-1,64%) e frutas (-0,46%) apresentaram queda.
A alimentação fora do domicílio também subiu, mas em ritmo menor, passando de 0,66% em outubro para 0,57% em novembro.
Além da alimentação, o grupo Despesas Pessoais registrou alta de 0,83%, impulsionado pelo aumento de 4,97% nos preços dos cigarros, reflexo do reajuste na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em novembro.
Já o grupo Transportes avançou 0,82%, com impacto de 0,17 p.p. no índice. A alta foi puxada pelas passagens aéreas, que subiram 22,56%, enquanto o ônibus urbano teve aumento de 1,34%. Entre os combustíveis, gás veicular (1,06%) e gasolina (0,07%) apresentaram altas, enquanto etanol (-0,33%) e diesel (-0,17%) tiveram recuo.
Outros grupos pesquisados
O IPCA-15 analisou nove grupos de produtos e serviços, dos quais oito apresentaram alta em novembro:
- Alimentação e Bebidas: 1,34%;
- Habitação: 0,22%;
- Artigos de Residência: 0,11%;
- Vestuário: 0,36%;
- Transportes: 0,82%;
- Saúde e Cuidados Pessoais: 0,18%;
- Despesas Pessoais: 0,83%;
- Educação: -0,01%;
- Comunicação: 0,11%.
A única exceção foi o grupo Educação, que apresentou leve queda de 0,01%.
O resultado reforça a influência da alimentação e dos transportes como principais responsáveis pela aceleração da inflação em novembro, destacando-se o impacto sazonal e tributário nos índices.