A Indonésia oficializou sua entrada no BRICS como membro pleno, conforme anunciado pelo governo brasileiro nesta segunda-feira. Com essa adesão, o grupo das principais economias emergentes, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, continua sua expansão estratégica, reforçando sua posição no cenário global.
O Ministério das Relações Exteriores da Indonésia divulgou um comunicado na terça-feira, celebrando a decisão como uma oportunidade de estreitar laços com outras nações em desenvolvimento. “A adesão ao BRICS é uma estratégia importante para intensificar a colaboração e as parcerias no âmbito do Sul Global”, afirmou a nota.
Reforçando a cooperação entre emergentes
Com uma população de mais de 270 milhões de habitantes, a Indonésia é a quarta nação mais populosa do mundo e já havia demonstrado interesse em integrar o bloco. O país busca fortalecer sua representatividade em instituições globais e promover os interesses das economias emergentes. A adesão foi aprovada por consenso entre os membros do BRICS, como parte de um esforço de ampliação do bloco, que teve início no encontro realizado em 2023, em Joanesburgo.
O Brasil, que ocupa a presidência do BRICS em 2025, destacou que a solicitação formal da Indonésia ocorreu após a eleição presidencial de 2024, na qual Prabowo Subianto foi eleito e assumiu o cargo em outubro. Em comunicado, o governo brasileiro ressaltou: “A Indonésia compartilha com os demais membros do grupo o compromisso com a reforma das instituições de governança global e contribui de forma positiva para o fortalecimento da cooperação entre os países do Sul Global.”
Expansão do BRICS e seus objetivos
A inclusão da Indonésia no BRICS segue o movimento de expansão do bloco, que recentemente incorporou países como Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos. Essa estratégia visa consolidar alianças estratégicas e ampliar a influência das economias emergentes na economia e na política global.
O BRICS, que representa cerca de 40% da população mundial e uma parcela significativa do PIB global, continua a ser um fórum essencial para o diálogo e a colaboração entre seus membros. Com a entrada da Indonésia, o grupo reafirma seu papel como um pilar no fortalecimento do Sul Global e na promoção de um sistema internacional mais equilibrado.