Um dos métodos contraceptivos mais eficazes do mundo, o Implanon, passará a ser oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ainda neste segundo semestre. A medida, confirmada pelo Ministério da Saúde, deve beneficiar cerca de 500 mil mulheres nos primeiros meses de implantação do programa.
O Implanon é um implante hormonal subcutâneo, colocado no braço da paciente, com eficácia de até três anos. Atualmente, ele está disponível apenas na rede privada, com custo que varia entre R$ 2 mil e R$ 4 mil. Com a incorporação ao SUS, o governo estima investir aproximadamente R$ 245 milhões e distribuir até 1,8 milhão de unidades até 2026.
Segundo o ministério, a portaria que oficializa a distribuição deve ser publicada nos próximos dias. A partir disso, os estados e municípios terão até 180 dias para viabilizar a oferta, com foco inicial em profissionais capacitados para aplicar o implante de forma segura e eficiente. A expansão será feita de forma gradual.
Diferente de outros métodos, o Implanon libera continuamente o hormônio etonogestrel, que inibe a ovulação e impede a gravidez.
É mais eficaz até mesmo que a vasectomia: enquanto esta tem uma taxa de falha de até 1,5 em cada mil casos, o implante registra apenas 0,5 falha para cada mil mulheres.
O método será mais uma alternativa oferecida pela rede pública, que já disponibiliza atualmente anticoncepcionais orais, injetáveis, DIU de cobre, preservativos e cirurgias como laqueadura e vasectomia.
Conforme o ministério, a decisão de ampliar o acesso ao Implanon foi motivada por sua alta taxa de eficácia, praticidade e adesão. O objetivo é garantir que mulheres que dependem exclusivamente do SUS tenham acesso aos mesmos métodos contraceptivos oferecidos no setor privado.
Além disso, o governo informou que a iniciativa será acompanhada de ações educativas e campanhas de conscientização para informar a população sobre o uso e os efeitos do método.