A turnê “Ivete Clareou”, que homenageia o samba e a cantora Clara Nunes, foi anunciada com cinco shows em diferentes capitais brasileiras. No entanto, o nome gerou desconforto entre os integrantes do grupo carioca Clareou, que atua no cenário musical desde 2010 e possui a marca registrada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
Segundo a nota publicada nas redes sociais da banda, a marca “Grupo Clareou” está legalmente protegida no segmento de entretenimento, incluindo shows e eventos musicais. O grupo afirma que tentou uma solução amigável com a equipe de Ivete, mas não houve avanço nas negociações.
O comunicado também denuncia que a equipe da artista protocolou pedidos de registro das marcas “Clareou” e “Ivete Clareou” no INPI, na mesma classe de atividade em que o grupo já detém registro, o que, segundo os advogados da banda, pode configurar violação de direitos e concorrência desleal.
“Tal conduta caracteriza um gesto de desprezo pela história do grupo, que conquistou seu espaço de forma legítima e sólida no cenário nacional do samba”, diz o texto da nota.
A banda ainda afirma estar adotando medidas administrativas, cíveis e criminais para proteger a integridade da marca.
Em resposta ao g1, a produtora Super Sounds, responsável pela turnê, afirmou que o uso do nome “Ivete Clareou” é legítimo e não infringe direitos de terceiros. A empresa argumenta que o registro existente é da marca “Grupo Clareou” e que isso não garante exclusividade sobre o uso da palavra “Clareou” de forma isolada.
A produtora também disse que tentou dialogar com o grupo ao tomar conhecimento da insatisfação, mas alegou que os representantes da banda teriam exigido “valores astronômicos” como compensação financeira, encerrando as tratativas. Segundo a empresa, não há fundamento legal para a acusação e a marca da turnê foi escolhida com seriedade e respeito ao público.
Leia na íntegra a nota:
